segunda-feira, 25 de maio de 2015

Legalização das drogas: vamos debater?

O ano de 2015 vem sendo um ano de expansão do conservadorismo e também do retrocesso dentro das instituições políticas nacionais. Já se fala em revogação do estatuto do desarmamento e a infame proposta de redução da maioridade penal está sendo defendida cada vez com mais força. Esses temas, que além de retroceder a pauta progressista que vem se tornando um padrão mundial, reforçam preconceitos e afastam da população a discussão de outras saídas para o fim da guerra urbana que está instaurada no país. Seguindo o fluxo contrário da câmara federal, milhares de pessoas se reunirão de maneira pacifica em 31 cidades pela legalização da maconha.

Mas por que defender legalização a maconha? A resposta é muito simples e pode ser dada por diversos argumentos distintos. Em todos os rankings de medição dos danos causados na sociedade pelas drogas a maconha aparece sempre atrás do álcool e do tabaco, duas drogas lícitas. A guerra às drogas ocasionou um aumento progressivo da violência, é uma guerra que não se dá contra substâncias ilícitas, mas sim contra pessoas e em sua maioria jovens negros da periferia.

A política de guerra às drogas, ao mesmo tempo que causa um efeito nefasto na população, é extremamente lucrativa para os grandes empresários. 400 bilhões de dólares são movimentados por ano pelo narcotráfico, dado que o torna um dos setores mais lucrativos da economia mundial. Em contraposição a essa guerra existem países que assumiram a vanguarda da luta contra o proibicionismo, como também a violência gerada por ele. No Uruguai, por exemplo, o número de mortes relacionado ao tráfico de drogas atingiu 0 desde a legalização.

Nos países em que a legalização foi instaurada é possível regular o preço de mercado da droga, como também a qualidade, dando maior segurança para o usuário. A legalização também possibilita uma maior aproximação do Estado com o usuário, já que ele não será tratado mais como criminoso e se for de sua vontade, poderá procurar um centro de reabilitação sem maiores problemas.

Para debatermos melhor o assunto e possibilitarmos uma maior explanação de argumentos, o Centro Acadêmico Florestan Fernandes convida à todxs para um debate sobre a legalização dessa droga e também sobre a realização da Marcha da Maconha que se dará no dia 31 de Maio em Maceió, mas também em diversas cidades ao redor do país.



A mesa será realizada às 17 horas do dia 27 de Maio no Auditório Paulo Freire, situado no Instituto de Ciências Sociais na Universidade Federal de Alagoas e contará com a presença de membros da ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre) e também de membros da organização da Marcha da Maconha. O convite se estende à toda a comunidade alagoana, por ser entendido que é necessário um debate de ideias mais maduro e profundo para que, assim, o tabu em relação à legalização seja definitivamente quebrado. Os cães ladram e a caravana não pára!

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