A opressão machista é tão frequente que muitos acabam naturalizando-a cada vez mais, seja no uso de palavras que servem ao machismo ou em atitudes e formas de agressão que muitas mulheres já sofreram. No Brasil, a cada 5(cinco) minutos uma mulher é agredida, e Alagoas é o segundo estado em que mais se mata mulheres. Sabemos o quanto é preciso lutar diariamente para combater essa opressão, para não permitir que ela seja tornada comum. Não podemos deixar que as notícias de agressão e estupro sejam vistas como casos comuns, não podemos deixar que naturalizem tamanha forma de abuso contra as mulheres.
Recentemente foram liberados os integrantes da banda New
Hit acusados de estuprarem duas adolescentes, uma delas com apenas 16 anos,
repetidas vezes e com extrema violência. Os integrantes cometeram o estupro e
as agressões dentro de um ônibus quando as adolescentes foram pedir autógrafos
e tirar fotos com eles após um show na Bahia. Apesar de tudo, os estupradores
estão soltos e a banda continua com as apresentações, inclusive tem planos de
vir se apresentar em Maceió (AL), enquanto as vítimas continuam aterrorizadas e
traumatizadas em suas casas.
Mas não é só no Brasil que os estupros acontecem
constantemente. Na Índia, onde mais de um estupro acontece a cada 18 horas,
centenas de pessoas foram para as ruas protestar e exigir pena de morte para os
estupradores e espancadores de uma estudante de 23 anos. O caso aconteceu em
Nova Déli dentro de um ônibus onde a estudante foi espancada e estuprada por
quase uma hora, e após isso jogada do ônibus ainda em movimento. A jovem ficou
internada por alguns dias em situação crítica, porém não resistiu e veio a
falecer no dia 29 de dezembro. O caso teve repercussão em vários lugares do
mundo, apareceu em vários jornais, sites e reportagens. E toda essa repercussão
só foi possível porque milhares de pessoas do mundo inteiro se revoltaram com o
acontecimento, e porque as mulheres e o povo indiano foram para as ruas
protestar.
Os países são diferentes porém a opressão é a mesma, o
espancamento e estupro da jovem indiana não tem muita diferença do acontecido
com as adolescentes brasileiras. Todos servem como mais um exemplo do machismo
que faz com que vários homens se achem no direito de fazer sexo com as mulheres
que quiserem, mesmo sem a concessão delas. Que faz com que os homens achem que
são superiores as mulheres e tentem torná-las submissas. Daí temos as mais
diversas formas de abuso.
Para impedir situações como essas e mudar a desigualdade
nas relações de gênero, nós da ANEL ressaltamos a necessidade de nos
mobilizarmos. Precisamos mostrar que não é só a voz das mulheres e do povo na
índia, ou na Europa ou no Brasil, que está se levantando, mas sim uma só voz, a
voz de todos que querem dizer basta para tamanha barbárie. E é por isso que
essa semana, em Maceió, como forma de retomar essa luta contra a opressão, nós
militantes da ANEL vamos somar a vários ativistas e coletivos para construir um
ato público para que a banda de estupradores New Hit não venha
tocar em Maceió, e de preferência em lugar nenhum. O ato
será dia 26 de janeiro às 9horas com concentração no calçadão do centro de Maceió, próximo ao antigo produban.
Assine a petição também:
http://www.avaaz.org/po/petition/NAO_a_apresentacao_da_banda_NEW_HIT_em_Maceio/?cUwFQdb
Chega de estupro e abuso das mulheres! Nem em Maceió nem em
Nova Deli!
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